domingo, 8 de setembro de 2013

Ladra Sem Limites, Uma

                         Ladra Sem Limites, Uma
Identity Thief, EUA, 2013. Direção: Seth Gordon. Roteiro: Craig Mazin, com base no argumento do próprio e de Jerry Eeten. Elenco: Jason Bateman, Melissa McCarthy, Amanda Peet, Jonathan Banks. Duração: 111 min. Lançamento no Brasil: 17 de maio de 2013, nos cinemas.
É curioso ver que filmes como este 
Uma Ladra Sem Limites fazem muito mais sucesso em seu país de origem do que no Brasil e no resto do mundo, e isto se deve ao fato de ser estrelado por humoristas muito mais populares na terra do fast food, como são Jason Bateman Melissa McCarthy, formados na televisão. Casos parecidos também acontecem com os filmes de Seth Rogen, Jason Sudeikis, Will Ferell, Tina Fey e outros nomes, que em sua maioria também ganharam notoriedade na tevê. O caso deste não foi diferente, e o que nos espera é um filme em que Melissa McCarthy vive Melissa McCarthy Jason Bateman vive Jason Bateman - portanto uma é aquela moça chata e alegre de sempre e ele é aquele cara ingênuo e correto de sempre -, algumas referências à televisão (destaco especialmente a que envolve Breaking Bad) e uma trama de fuga para botá-los na estrada ao maior estilo da dinâmica vista em Antes Só Do Que Mal Acompanhado.

Ela toma identidades de pessoas e a vítima da vez foi ele, que vai até a Florida atrás da ladra e por várias vezes acaba sendo enganado por ela, mas continua dando-a novas chances e ficando à beira de um ataque de nervos por conta disso. Os dois estão na estrada, e a convivência acaba gerando uma relação de amizade entre os extremos - ele, extremamente correto; ela, golpista - até que ele acabe sendo corrompido e roube o cartão do chefe. Tudo isso e muito mais acontece durante uma viagem da casa da criminosa até a casa do bom samaritano, com criminosos e a polícia os perseguindo.



O resultado acaba sendo um filme apenas competente, com um ritmo ágil e um clima simpático, mas que acaba condenado ao lugar-comum e à previsibilidade - não da trama, mas das situações cômicas: você sempre sabe quando elas vão surgir. A química entre os dois é bacana e a direção e as performances são bem montadas para que você odeie ela e tenha simpatia por ele, com o sinismo dos dois sendo responsável pelos melhores momentos do longa. Algumas coisas são mal explicadas, mas elas vão acabar sendo engolidas por uma jornada de road movie que em algumas obras como esta é inserida para permitir conveniências. O filme é divertido, mas tem alguns elementos que irritam quando aprofundados - como os dois criminosos que perseguem a dupla, que poderiam ser descartados. A impressão que fica é que poderia ter sido melhor revisado.



[Avaliação final: **¹/2]



Até a próxima.

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