É possível
compreender, mesmo que parcialmente, os constantes discursos saudosistas, tais
quais “os filmes de antigamente eram melhores” e “o cinema está morrendo”, mas
não há justificativa, a partir de um espectro de análise um pouco mais completa
daquilo que a sétima arte produz na atualidade, para reproduzi-los
inalteradamente. Há razões de sobra para criticar duramente o cenário atual da
distribuição fílmica, no qual, sob o pretexto da modernização, crucificam-se as
formas anteriores de acesso ao audiovisual - deteriorando diariamente a memória
da mídia física e comprometendo a tradicional relação afetiva do cinéfilo com a
arte – em nome de uma suposta democratização artística que, afinal, apenas
conserva as lógicas tradicionais de comercialização e poder financeiro dos
grandes estúdios, mantendo o acesso majoritário do espectador centralizado nas
mesmas grandes produções de sempre e a cena alternativa, bem... alternativa. No
sentido puro da produção cinematográfica, no entanto, vivenciamos tempos
inegavelmente prósperos.
A solidificação desta
afirmação não requer grande argumentação além de uma observação dedicada
daquilo que foi o cinema de 2016. Há
possibilidade de sustento da cinefilia meramente em suas flexões tradicionais,
a exemplo dos “filmes do Oscar”, que
neste ano nos entregou enredos atualíssimos como “A Grande Aposta” ou “Spotlight”,
do catálogo de grandes diretores, marcado pelo retorno de Woody Allen (“Café Society”) e Pedro
Almodóvar (“Julieta”) à boa forma, ou mesmo aderir aos populares blockbusters de super-heróis que, embora
consumam o circuito com algumas porcarias, nestes últimos meses nos entregaram
duas produções de irrefutável qualidade – “Capitão
América: Guerra Civil” e “Doutor
Estranho”. Ao traçarmos um retrato das principais vertentes
cinematográficas, há de se perceber que, enquanto a comédia e a ação, tradicionais
gêneros estadunidenses, aparentemente não viveram um ano de grande
prosperidade, outro movimento-símbolo do cinema da terra do Tio Sam, o
faroeste, atravessa uma esperançosa fase de reconstrução, conforme evidenciam
os títulos “O Regresso”, “Os Oito Odiados”, “Rastro de Maldade” e “Oeste
Sem Lei”, quatro narrativas que preservam as convenções do gênero enquanto
redesenham suas abordagens fronteiras e possibilidades. Aliás, tratando da remodelagem
de convenções, deve-se destacar o crescimento da presença feminina sólida e
fortalecida nas narrativas norte-americanas durante este 2016, notada sobretudo
em “A Chegada”, “Rua Cloverfield, 10”,
“A Garota no Trem”, “Águas Rasas” e “Certas
Mulheres”, algo que deverá permanecer em linha crescente.
Simultaneamente,
realizadores cujo currículo ainda está em processo de consolidação da
grandiosidade fortaleceram uma perspectiva esperançosa de futuro com novos bons
projetos neste ano, sendo os casos de John
Carney (“Sing Street”), Olivier
Assayas (“Personal Shopper”) e Ava
DuVernay (“A 13ª Emenda”). Esta última, responsável pela elaboração de um
documentário, gênero cuja relevância social e capacidade de denúncia e mobilização
foram representadas competentemente - em maior ou menor intensidade - por obras
como – além da citada - “Hooligan
Sparrow”, “Entre os Homens de Bem” e “Réquiem
Para o Sonho Americano”; o poder de manifestar um retrato de seu tempo e
provocar socialmente o espectador não é, contudo, uma exclusividade do
documentário, e a experiência do Festival
do Rio 2016 comprovou isto através da minuciosamente organizada
apresentação de um conjunto de longas-metragens ficcionais – e mesmo os
documentais - cuja arquitetura geral nos escancara o poder da arte na alteração
da realidade. Legitimamente brasileiro, tal qual o festival, foi o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2016,
cuja cerimônia representou um forte espelho da sétima arte tupiniquim no
contexto recente, e sobre a qual escrevi, na época: “(...)Diz muito o discurso da melhor atriz coadjuvante, Camila Márdila,
a respeito de sua Jéssica enquanto representante de um Brasil em transição, e
do nosso cinema recente como espelho da mesma; diz muito que os três premiados
nas categorias de curtas - Égo, Uma família ilustre e Rapsódia de um Homem
Negro - manifestem lutas contundentes como a contrária à desigualdade racial e
pela sobrevivência da lembrança justa da ditadura, simbolizando um cinema
nacional gerador de todo tipo de espaço e representatividade; e diz ainda mais
o necessário discurso de Daniel Filho, destrinchando o quão imprescindíveis são
as leis de incentivo financeiro público à produção cultural, representantes não
de um desvio despropositado de verba, mas de um singelo esforço estatal pelo
reconhecimento do cinema como a instituição que construirá a memória nacional
de um tempo, que contará ao mundo sua história - um serviço de caráter
evidentemente social. Essa cerimônia, afinal, reacendeu um sentimento essencial
neste momento: a esperança. Catalisada pela compreensão de que não importa quão
fortes sejam as ondas de conservadorismo, retrocesso, preconceito e
intolerância que se apossam do país: nosso cinema e nossa cultura são e sempre
serão um resistente reduto da liberdade de manifestação, do sonho de progresso,
da humanidade, da empatia e da tolerância.” Palavras expressivas não apenas
do sentimento despertado pela premiação, todavia pelo cinema brasileiro em sua forma integral, afinal, não há arte capaz
de nos entender e representar fielmente, enquanto nação, coletividade humana,
senão a nossa. Diante das cotidianas, crescentes e desmedidas manifestações de
desvalorização daquilo que é nacional, a produção cinematográfica responde à
altura, conforme expõem títulos como “Cinema
Novo”, marcante retrato de um movimento de imprescindível importância na
transformação do cinema nacional, irremediavelmente social, “O Diabo Mora Aqui”, explicitamente
folclórico e cujo terror não poderia ser fruto de outra trama que não oriunda
de nossas lendas, e “Aquarius”, um
filme absolutamente necessário a seu tempo.
Se o cinema de uma
nação carrega a capacidade de representação artística da mesma, não nos escapa
a lembrança de que o cinema num escopo geral, todavia, possui a universalidade
enquanto uma de suas virtudes. Um filme é capaz de provocar reações afetivas e
refletir sentimentos de indivíduos de diferentes localizações geográficas,
origens culturais, condições econômicas, bagagens informativas, etnias,
características físicas ou quaisquer outros fatores. A sétima arte reflete
anseios ou angústias globais de um contexto; nosso tempo, progressivamente
perseguido por um leque de incertezas claramente disseminado em vista de razões
distintas e raramente claras, possui um cinema que o espelha. A era do excesso
da informação e da aceleração dos acontecimentos, da modernização constante
dissolutiva das bases previamente existentes, nos afoga na noção de que tudo é
passageiro, nada é permanente - também deixaram de sê-lo, destarte, as relações
interpessoais. A brevidade e liquidez das relações entre seres humanos tomou o
contemporâneo de modo a corromper os anteriores símbolos do escapismo humano,
no qual cada indivíduo poderia envolver-se plenamente, abandonando suas
angústias internas e mesmo revelando-as ao outro; a atualidade, todavia,
atribuiu às relações o efeito passageiro e breve, tornando-as hostis em razão
do medo do laço de confiança que é solidificado e destruído com demasiada
rapidez. Um efeito que, progressivamente, nos enclausura em nosso “eu”, o ponto
de fuga do desdém emocional, da intolerância, da possível frustração, o abrigo
da solidez e, imperativamente, da solidão. Somos entregues, outra vez, às angústias e
incertezas, cada vez mais abstratas, jamais definitivas, são arquitetadas
consciências em processos de crescente individualismo, repúdio e desinteresse a
todos os outros indivíduos e experiências que as cercam, estas, aparentemente
repetitivas e desinteressantes, demasiadamente iguais ou diferentes. Não há
definição, no sentido próprio, e estas palavras possivelmente não definem este
sentimento. Nos sentimos todos anômalos e, ao mesmo tempo, muito iguais. “O Lagosta”, “Um Cadáver Para Sobreviver”,
“A Chegada”, “Indignação”, “Demolição”, são todas obras que, sob óticas
distintas e abordagens mais ou menos dedicadas à questão, parecem voltar-se à
discussão deste assombro de inquietações e angústias marcante no semblante do
indivíduo contemporâneo, seu sentimento difuso, incongruente e contraditório. Nenhuma
destas, no entanto, foi capaz de expressá-lo de maneira tão legítima, humana,
convicta e pungente quanto o melhor
filme de 2016. Na náufraga realidade em que nem mesmo as relações humanas
são capazes de compreender nossas angústias ou ao menos oferecer-nos
possibilidade sólida de confiança, eis o nosso bote salva-vidas: o cinema.
Assim foi em 2016, assim continuará a ser em 2017.
Dentre os 160 filmes
vistos em 2016 por este que vos escreve, 85 títulos foram lançados em
território nacional durante o mesmo ano.
Considerando lançamentos
no circuito comercial cinematográfico brasileiro, no mercado de homevideo ou
exibidos durante a edição do Festival do Rio - ou seja: nada de torrent -, estes foram, na ordem do mais
detestado ao mais querido e destacando os 25 melhores, os tais oitenta e cinco:
85. Esquadrão Suicida (Suicide
Squad, EUA, 2016. De David Ayer) ★
84. Orgulho e Preconceito e Zumbis (Pride and Prejudice and Zombies, EUA/Inglaterra,
2016. De Burr Steers) ★
83. A Longa Noite de Francisco Sanctis (La Larga Noche de Francisco Sanctis,
Argentina, 2016. De Andrea Testa e Francisco Márquez) ★ [meu texto sobre]
82.
Má Conduta (Misconduct, EUA, 2016. De Shintaro
Shimotawa) ★½
81. A História Real de um Assassino
Falso (True Memoirs of an
International Assassin, EUA, 2016. De Jeff Wadlow) ★½
80. Zoolander 2 (idem, EUA, 2016. De Ben Stiller) ★½
79. Invasão a Londres (London Has Fallen, Reino Unido/EUA/Bulgária,
2016. De Babak Najafi) ★★
78.
O Maior Amor do Mundo (Mother’s Day, EUA, 2016. De Garry
Marshall) ★★
77.
Truque de Mestre: O 2º Ato (Now You See Me 2, EUA/China/Reino Unido/Canadá, 2016. De Jon
M.Chu) ★★
75.
E Donald Chorou (Donald Cried, EUA, 2016. De Kristopher Avedisian)
★★ [meu texto sobre]
74.
O Bom Gigante Amigo (The BFG, EUA/Índia, 2016. De Steven Spielberg) ★★
73.
Arrume um Emprego (Get a Job, EUA, 2016. De Dylan Kidd) ★★
72.
Histórias dos Dois que Sonharam (Historias de Dos que Soñaron, México/Canadá, 2016. De Andrea Bussman e
Nicolás Pereda) ★★½ [meu texto sobre]
71.
Horas Decisivas (The Finest Hours, EUA, 2016. De Craig Gillespie) ★★½
70. Um Espião e Meio (Central Intelligence, EUA, 2016. De
Rawson Marshall Thurber) ★★½
69. Tirando o Atraso (Dirty Grandpa, EUA, 2016. De Dan Mazer)
★★½ [meu texto sobre]
68. O Novíssimo Testamento (Le Tout Nouveau Testament, Bélgica/França/Luxemburgo,
2015. De Jaco Van Dormael) ★★½
67.
Vizinhos 2 (Neighbors 2: Sorority Rising, EUA, 2016. De Nicholas Stoller) ★★½
66. O Homem nas Trevas (Don’t Breathe, EUA, 2016. De Fede
Álvarez) ★★½
65. Caça-Fantasmas (Ghostbusters, EUA/Austrália, 2016. De
Paul Feig) ★★½
64. Pai em Dose Dupla (Daddy’s Home, EUA, 2015. De
Sean Anders) ★★½
63.
Sexo, Drogas e Jingle Bells (The Night Before, EUA, 2015. De Jonathan Levine) ★★½
62. Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2, EUA/Canadá, 2016. De
James Wan) ★★½
61. O Quarto de Jack (Room, Irlanda/EUA/Canadá/Reino Unido,
2015. De Lenny Abrahamson) ★★½
60. Porta dos Fundos: Contrato Vitalício
(idem, Brasil, 2016. De Ian
SBF) ★★½
59.
Herança de Sangue (Blood Father, França, 2016. De
Jean-François Richet) ★★½
58. Sete Homens e um Destino (The Magnificent Seven, EUA, 2016. De
Antoine Fuqua) ★★½
57. Deadpool (idem, EUA, 2016. De Tim Miller) ★★★
56.
Comboio de Sal e Açúcar (idem, Portugal/Moçambique/África do Sul/Brasil/França,
2016. De Licínio Azevedo) ★★★ [meu texto sobre]
55.
Eis os Delírios do Mundo Conectado (Lo and Behold,
Reveries of the Connected World, EUA, 2016. De Werner Herzog) ★★★ [meu texto sobre]
54.
Mente Criminosa (Criminal, EUA/Reino Unido, 2016. De Ariel Vromen) ★★★
53.
Avenida (Boulevard, EUA, 2014. De Dito Montiel) ★★★
52.
Joy: O Nome do Sucesso (Joy, EUA, 2015. De David O.Russell) ★★★
51.
Intolerância.Doc (idem, Brasil, 2016. De Susanna Lira) ★★★ [meu texto sobre]
50.
A Luz Entre Oceanos (The Light Between Oceans, Reino Unido/Nova Zelândia/EUA, 2016. De Derek
Cianfrance) ★★★ [meu texto sobre]
49.
Águas Rasas (The Shallows, EUA, 2016. De Jaume
Collet-Serra) ★★★
48.
O Futebol (idem, Brasil/Espanha, 2015. De Sergio Oksman) ★★★
47.
Horizonte Profundo: Desastre no Golfo (Deepwater Horizon, EUA/Hong Kong, 2016. De Peter Berg) ★★★
46.
Negócio das Arábias (A Hologram for The King, Reino Unido/França/Alemanha/EUA/México, 2016. De Tom Tykwer) ★★★
45.
Special Correspondents (idem, Reino Unido/EUA/Canadá, 2016. De Ricky Gervais) ★★★
44.
O Contador (The Accountant, EUA, 2016. De Gavin
O’Connor) ★★★ [meu texto sobre]
43.
Ave, César! (Hail, Caesar!, EUA/Reino Unido/Japão, 2016. De Joel Coen e
Ethan Coen) ★★★
42.
Oeste Sem Lei (Slow West, Reino Unido/Nova Zelândia, 2015. De
John Maclean) ★★★
41. Certas Mulheres (Certain Women, EUA, 2016. De Kelly
Reichardt) ★★★ [meu texto sobre]
40. Amizades Improváveis (The Fundamentals of Caring, EUA,
2016. De Rob Burnett) ★★★
39.
Dois Amantes e um Urso (Two Lovers and a Bear, Canadá, 2016. De
Kim Nguyen) ★★★ [meu texto sobre]
38.
Julieta (idem, Espanha, 2016. De Pedro Almodóvar) ★★★
37.
Jogo do Dinheiro (Money Monster, EUA, 2016. De Jodie Foster)
★★★
36.
Kóblic (idem, Argentina, 2016. De Sebástian Borensztein) ★★★½ [meu texto sobre]
34.
Personal Shopper (idem, França/Alemanha, 2016. De Olivier
Assayas) ★★★½ [meu texto sobre]
33. Demolição (Demolition, EUA, 2015. De Jean-Marc
Vallée) ★★★½
32. Baden Baden (idem, Bélgica/França, 2016. De Rachel
Lang) ★★★½ [meu texto sobre]
31.
X-Men: Apocalipse (X-Men: Apocalypse, EUA, 2016. De Bryan Singer) ★★★½
30. Entre os Homens de Bem (idem, Brasil, 2016. De Caio Cavechini e
Carlos Juliano Barros) ★★★½ [meu texto sobre]
29. O Diabo Mora Aqui (idem, Brasil, 2016. De Dante Vescio e
Rodrigo Gasparini) ★★★½
28. Zoom (idem, Brasil/Canadá, 2016. De Pedro Morelli) ★★★½ [meu texto sobre]
27.
A Garota no Trem (The Girl on The Train, EUA, 2016. De Tate Taylor) ★★★½
26. Barakah com Barakah (Barakah yoqabil Barakah, Arábia
Saudita, 2016. De Mahmoud Sabbagh) ★★★★ [meu texto sobre]
...e os nossos favoritos
foram:
25.
Conspiração e Poder
(Truth, EUA/Austrália, 2015. De James Vanderbilt) ★★★★
24.
Rastro de Maldade
(Bone Tomahawk, EUA/Reino Unido, 2015. De S.Craig Zahler) ★★★★
23.
Animais Fantásticos e Onde Habitam
(Fantastic Beasts and Where to Find
Them, Reino Unido/EUA, 2016. De David Yates) ★★★★
22.
Um Cadáver Para Sobreviver
(Swiss Army Man, EUA,
2016. De Dan Kwan e Daniel Scheinert) ★★★★
21.
Sing Street – Música e Sonho
(Sing Street, Irlanda/Reino
Unido/EUA, 2016. De John Carney) ★★★★
20. Requiem for The American Dream
(idem,
EUA, 2015. De Peter Hutchison, Kelly Nyks e Jared P.Scott) ★★★★
19.
Doutor Estranho
(DoctorStrange, EUA,
2016. De Scott Derrickson) ★★★★
18.
Os Oito Odiados
(The HatefulEight,
EUA, 2015. De Quentin Tarantino) ★★★★
17.
Indignação
(Indignation, EUA/China,
2016. De James Schamus) ★★★★
16. RuaCloverfield, 10
(10
Cloverfield Lane, EUA, 2016. De Dan Trachtenberg) ★★★★
15. Café Society
(idem,
EUA, 2016. De Woody Allen) ★★★★
14.
Capitão América: Guerra Civil
(CaptainAmerica: Civil
War, EUA, 2016. De Anthony&Joe Russo) ★★★★
13. Hooligan Sparrow
(idem,
China/EUA, 2016. De Nanfu Wang) ★★★★
12.
A 13ª Emenda
(13th, EUA, 2016. De
Ava DuVernay) ★★★★
11.
Manchester à Beira-mar
(Manchester by The
Sea, EUA, 2016. De Kenneth Lonergan) ★★★★
10.
Assim que Abro Meus Olhos
(A Peine J’ouvre Les Yeux,
Tunísia/França/Bélgica, 2016. De Leyla Bouzid) ★★★★
9. A Grande Aposta
(The
Big Short, EUA, 2015. De Adam McKay) ★★★★
8.
O Lagosta
(The
Lobster, Grécia/Irlanda/Holanda/Reino
Unido/França, 2015. De YorgosLanthimos) ★★★★
7.
Dois Caras Legais
(The Nice Guys, EUA,
2016. De Shane Black) ★★★★½
6.
A Chegada
(Arrival, EUA, 2016.
De Dennis Villeneuve) ★★★★★
5.
Spotlight
(idem, EUA, 2015. De
Tom McCarthy) ★★★★★
4. O Regresso
(The
Revenant, EUA/Hong Kong/Taiwan, 2015. De Alejandro GonzálesIñárritu) ★★★★★
3.
Cinema Novo
(idem, Brasil, 2016.
De Erik Rocha) ★★★★★
2.
Aquarius
(idem, Brasil/França, 2016. De Kléber Mendonça Filho) ★★★★★
1.
Anomalisa
(idem, EUA, 2015. De
Charlie Kaufman e Duke Johnson) ★★★★★